Os auditores fiscais federais agropecuários aprovaram, nesta quarta-feira (25), o indicativo de greve.
Com a decisão, aprovada durante uma assembleia extraordinária virtual, a categoria pode cruzar os braços a qualquer momento.
Segundo presidente do ANFFA Sindical, Pablo Janus Macedo, o indicativo de greve reflete o sentimento dos auditores agropecuários com relação ao tratamento que vêm recebendo do governo federal.
“Os auditores agropecuários mandaram o recado. Eles querem reconhecimento do trabalho realizado e da relevância da carreira para o desempenho positivo do agronegócio brasileiro”, destacou Pablo.
Com o indicativo de greve os auditores agropecuários, que já estão em operação-padrão desde dezembro, vão intensificar a mobilização e esticar ao máximo os prazos para realização das atividades rotineiras.
Segundo a entidade, os auditores vão manter o ritmo normal de trabalho somente para as atividades “que podem afetar diretamente o cidadão”, como a liberação de cargas perecíveis e de animais domésticos para viagens.
Ainda de acordo com a ANFFA Sindical, a mobilização também não atingirá a realização de diagnóstico de doenças e pragas que poderiam colocar em risco de políticas sanitárias do setor agropecuário.
Reivindicações
Segundo o sindicato, a carreira de auditor está sem reajuste salarial desde 2017 e trabalha com um déficit de 1.620 pessoas, “com excesso horas-extras e banco de horas que na maioria dos casos, não podem ser convertidas em folgas, pela carência de servidores”.
“A decisão reflete também a insatisfação dos auditores com a situação que se arrasta desde dezembro, especialmente porque o governo federal já havia sinalizado com a possibilidade de inclusão da carreira na reestruturação salarial, junto com outras categorias”, diz a nota do sindicato.
Atualmente, segundo a entidade, o Ministério da Agricultura tem aproximadamente 2,5 mil auditores na ativa, contra 4.040 em 2000.