De acordo com o relatório, Furnas gastou R$ 1,6 milhão sem necessidade por não aprovar a emissão de 14 mil debêntures da Serra do Facão Participações. O documento também diz que um novo modelo societário financeiro aprovado para a Serra do Facão Participações resultou em problemas na substituição de uma empresa que participava do empreendimento, o que gerou prejuízos de R$ 8,4 milhões.
A CGU descartou, no entanto, a denúncia de prejuízo milionário na compra de ações da empresa Oliveira Trust ? que poderiam ter sido adquiridas por R$ 5 milhões, mas que só foram compradas meses depois por R$ 80 milhões. O órgão ficou satisfeito com o argumento de que a empresa se valorizou depois de um aporte de R$ 75 milhões.
Também foi descartado suposto ato de improbidade no fechamento de um aditivo contratual de R$ 10 milhões para a implantação de um sistema na área de tecnologia da informação (TI). A CGU entendeu que o aditivo respeitou os limites legais.
A Controladoria-Geral entendeu, ainda, que houve atrasos na execução de obras do plano de ampliações e reforços e na implantação das usinas de Simplício e Batalha, também no Rio São Marcos, que deveriam estar gerando energia desde 2009, mas que devem demorar ainda cerca de dois anos para ficarem prontas. A auditoria apurou, que as duas usinas têm custo para geração de energia bem superior às demais.
O relatório da CGU, que também faz recomendações para que as irregularidades sejam sanadas e as responsabilidades apuradas, foi encaminhado ao Ministério de Minas e Energia, à Casa Civil da Presidência da República, ao Tribunal de Contas da União, ao Ministério Público da União, à Eletrobras Holding, à direção de Furnas Centrais Elétricas e à Corregedoria-Geral da União.