A semente representa de 4% a 10% do custo da produção. Apesar disso, o índice de pirataria era alto e em alguns Estados chegava a 75%. Um levantamento da Abrasem constatou que desde o ano passado os agricultores estão se preocupando mais com a qualidade do insumo. Tanto que em 2007 o faturamento do setor chegou a R$ 5 bilhões, o correspondente a 1,8 milhão de toneladas de sementes vendidas.
Este ano a tendência se mantém. Só as lavouras de soja, que ocupam a maior parte da área plantada no país, devem ter um aumento de 20% na utilização de sementes certificadas. Em seguida vêm as plantações de trigo, onde o índice deve ser de 25%.
A Abrasem diz que no Brasil 55% dos produtores compram sementes certificadas, número pequeno se comparado aos Estados Unidos, onde a adesão é de 100%.
A reclamação dos produtores é sobre o valor pago pelas sementes. No último ano o custo da semente certificada de feijão, por exemplo, foi reajustado em 32,6%. Mesmo assim o setor diz que houve uma procura maior por produtos certificados. Na plantação da oleaginosa a compra desse insumo aumentou 147,16%. Na lavoura de arroz o crescimento foi de 81,3%, no milho, 51,63% e na soja, 40,2%.