Em 2006, quando começou a vender mudas, o viveirista Neilo Caetano Silva, de Mogi Guaçu ((SP), entregava o produto a R$ 3,00. Hoje, ele ganha o dobro por unidade.
? Desde que a indústria abriu os preços da compra de frutas, o preço ficou atraente para o produtor e, em conseqüência, toda a cadeia saiu ganhando.
As mais de 500 mil mudas do produtor já estão vendidas. Por dia, mais de 10 citricultores entram em contato com o Neilo atrás de novas mudas, mas não há produto disponível e a solução é ficar na lista de espera. Para tentar atender mais clientes em menos tempo, o viveirista resolveu investir. Ele está ampliando a área e daqui a oito meses outras 200 mil mudas vão estar disponíveis no mercado.
? Creio que com essa área que estamos ampliando ainda não vai dar para atender todo mundo. O futuro e promissor. A gente espera que essa boa fase dure mais uns três ou quatro anos.
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O citricultor Marcelo Sai também está estimulado pelo bom momento vivido pelo setor. Nos últimos anos, já investiu em mais de 100 mil mudas. E com o mercado aquecido pretende ir além:
? Se o preço continuar melhorando, a gente tem ideia de comprar mais áreas para investir em laranja. Dá para a gente investir, para ter mais produção, para dar bastante caixa por pé.
Na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral de Campinas (Cati) houve aumento de 200 % na demanda pelas mudas de citros desde o fim do ano passado. E quem ainda pretende investir na renovação dos pomares deve se antecipar:
? Para o ano agrícola que vem, nos já estamos planejando uma aquisição contemplando o aumento na demanda ? afirma o diretor do Centro de Produção de Mudas da Cati, Vitor Branco de Araújo.
