Os dados foram levantados pela assessoria econômica da Farsul com base nos números do Cepea/Esalq/USP, e apresentados em audiência da CPI da Energia Elétrica da Assembleia Legislativa, pelo diretor da Federação Fábio Avancini Rodrigues, em Alegrete (RS). Ele explica que, embora os arrozeiros sejam os mais afetados, quem tem sistemas de irrigação por aspersão e quem produz leite, usando resfriadores, também é altamente atingido.
Nota técnica da Farsul atribui a alta à falta de planejamento do governo, investimentos escassos em geração, descompasso entre políticas de estímulo ao consumo e à produção energética, além de falta de chuvas. A saída, aponta estudo, seria cobertura, pelo Tesouro Nacional, da diferença entre o preço da energia comprada pela distribuidora e o valor pago pelo usuário. Até mesmo o aumento dos impostos nos produtos finais, a fim de cobrir essa diferença, seria menos danoso ao conjunto da economia do que onerar os custos de produção com aumento excessivo na tarifa de energia, opina o economista do Sistema Farsul, Antônio da Luz.
• Veja aqui a nota técnica completa da Farsul
O Rio Grande do Sul é responsável por dois terços da produção brasileira do grão. Segundo dados da Seção de Política Setorial do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), 95,15% do arroz semeado foi colhido no Rio Grande do Sul. Foram 7,8 milhões de toneladas colhidas em 1.061.310 hectares. A produtividade média é de 7.384 quilos por hectare – variando de 6.440 quilos por hectare, na Planície Costeira Externa, a 7.921 quilos por hectare, na Fronteira Oeste.