A elevação ficou próxima ao aumento do período de janeiro a agosto deste ano, de 8,41%. Com a entressafra do grão aliada a uma colheita menor no último período no Rio Grande do Sul – responsável por 65% da produção nacional -, a oferta reduzida fez o preço subir no varejo, e o consumidor começa a sentir no bolso.
– Nos últimos 90 dias, tivemos alta de 25% na avaliação dos supermercados devido à queda de safra em países produtores. Mas este é o pico de preço no ponto de venda – diz Antônio Cesa Longo, presidente da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas).
Outro motivo apontado pelos especialistas é o maior volume de exportações do grão, que chegou a 995,8 mil toneladas de março a agosto, conforme levantamento do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga). O volume é 14% acima do enviado no mesmo período de 2011, de 870,4 mil toneladas.
– Os países africanos são os principais compradores do Brasil e estão aumentando a demanda. Isso faz com que a oferta do grão diminua no mercado interno – diz Eduardo Aquiles, da Safras & Mercado.
Para a próxima safra, a tendência é de manutenção da alta dos preços aos produtores, reforçada pela diminuição da área no Estado devido ao avanço da soja em regiões produtoras de arroz, conforme o analista.
De acordo com o primeiro levantamento da Emater divulgado em agosto, a área do arroz terá queda de 2,09%, com plantio projetado de 1 milhão de hectares. Produtores ressaltam que a falta de chuva pode levar os arrozeiros a buscar outras alternativas de cultivo.
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