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Austrália fortalece vendas de trigo para a Ásia, afirmam empresários

Cereal australiano de baixa qualidade substitui o milho dos Estados Unidos nas rações animaisA unidade australiana da Cargill, AWB, uma das cinco principais exportadoras de trigo do país, relatou nesta quinta, dia 29, uma sólida demanda pelo cereal australiano na Ásia - inclusive de variedades próprias para ração animal. De acordo com o porta-voz Richard Williams, em nota, no mês passado, foram realizadas vendas para a China, Indonésia, Kuwait, Malásia, Nova Zelândia e Vietnã.

Williams revelou que a demanda por trigo de baixa qualidade continua “muito sólida”, especialmente na China, onde os consumidores substituem o milho americano pelo trigo nas rações animais devido ao preço elevado do grão norte-americano. Os comentários de Williams foram feitos ao mesmo tempo em que a AWB reduziu suas estimativas de lucro da maioria da safra 2011/2012 de trigo.

A visão da AWB reforça os comentários feitos pelo diretor de comércio de grãos da Cooperative Bulk Handling, na Austrália Ocidental, Tom Puddy. Na última sexta, dia 23, ele disse que a demanda cada vez maior por trigo australiano da China daria um grande impulso aos esforços de embarque da região neste ano, que já vê uma forte demanda por parte de mercados tradicionais.

Williams, da AWB, disse que o ritmo recorde das exportações australianas está reduzindo significativamente os estoques locais. Assim, a unidade da Cargill estima uma apreciação do trigo nos Estados do leste do país e na Austrália Meridional.

– Os preços do trigo na Austrália Ocidental devem permanecer sob pressão devido ao tamanho e à qualidade reduzida da safra – na região, completou.

O mercado internacional continua a observar as condições das lavouras de trigo no Hemisfério Norte, particularmente na Europa e na Rússia, já que as expectativas de produtividade para tais áreas são essenciais para a direção dos preços, de acordo com o diretor da AWB. De acordo com Williams, os amplos estoques australianos fazem com que os preços domésticos demorem para responder a quaisquer mudanças no Hemisfério Norte.

Agência Estado
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