A abertura do evento, realizado no Museu Nacional da República, foi marcada por manifestação. Um grupo de estudantes da Universidade de Brasília (UnB) protestou contra a criação de um setor habitacional em uma área questionada na Justiça por uma comunidade indígena. Com a situação controlada, o presidente da Câmara dos Deputados, Arlindo Chinaglia, abriu a conferência.
Diversas personalidades receberam o prêmio Verde das Américas 2008 pelas ações desenvolvidas para a preservação ambiental do planeta. Ao final da premiação, Chinaglia garantiu que, até dezembro, vai colocar em votação projetos ambientais, como as Propostas de Emenda Constitucional que prevêem a recuperação do Cerrado e do Rio São Francisco.
? Eu estou preparando, daqui para o final do ano, uma lista de matérias para apresentar no colégio e estas e outras propostas serão apresentadas.
No primeiro dia de encontro, assuntos como mudanças climáticas e o aquecimento global foram o centro dos debates. Para o ministro do Superior Tribunal de Justiça, Herman Benjamin, a legislação brasileira é consistente mas o descaso das autoridades atrapalha a preservação do meio ambiente.
? Veja-se, por exemplo, o caso da reserva legal e das Áreas de Preservação Permanente. Até hoje há uma medida provisória [não aprovada pelo Congresso Nacional] que cuida dessa matéria. Mas tanto as APPs como a reserva legal estavam previstas no Código Florestal de 1965.
No encontro, o México defendeu a criação de um Fundo Verde para combater o aquecimento global. O fundo financiaria projetos ecologicamente viáveis, principalmente, nos países em desenvolvimento.
? Temos respostas positivas de todos os países, não só dos países desenvolvidos, mas também os países em desenvolvimento. Mas ainda não temos acordos definitivos para o crescimento do fundo ? afirma Andrés Leopoldo Benavides, embaixador do México.
Para o presidente da Frente Parlamentar Ambientaista, deputado Sarney Filho (PV-MA), o Fundo Verde é uma boa idéia.
? Esse fundo verde poderia se incorporar a esse Fundo da Amazônia e é sempre bom a gente começar a discutir a participação internacional na solução de problemas, porque, por exemplo, a Amazônia é um bioma que presta serviços à humanidade, não só ao Brasil.