? Existem outras avaliações e degustações no mundo inteiro, mas não que reúnam quase mil pessoas. Estamos aqui com 850 pessoas. Esse é um evento único no mundo neste sentido. As pessoas são servidas ao mesmo tempo, recebem uma ficha de avaliação. Há um silêncio total durante o serviço e a degustação. Depois, os vinhos são avaliados por comentaristas convidados ? explica Paviani.
A Avaliação Nacional de Vinhos também é um evento didático. Nem todos os que participaram como degustadores tem todos os conhecimentos para fazer uma análise técnica completa do vinho. Com o comentário dos especialistas, no entanto, agregam novas informações.
? Esse evento se torna didático para que o consumidor possa a partir da ficha de avaliação e depois, ouvindo o comentário, faça uma comparação com a sua avaliação e a avaliação do avaliador oficial e aí então é um aprendizagem sobre o vinho na verdade ? conta Paviani.
Além da grande participação , a Avaliação deste ano contou também com recorde de amostras inscritas. Foram 383 vinhos de 72 vinícolas.
? A safra de uvas, sobretudo no Rio Grande do Sul, foi recorde pelo volume produzido de uvas e reflete um pouco a credibilidade que o evento conquistou ao longo destes anos ? diz o presidente da Associação Brasileira de Enologia, Christian Bernardi.
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As empresas também confiam na Avaliação para ter um retorno de como está seu posicionamento de qualidade, de acordo com Bernardi. Enquanto a maioria das avaliações de safra é realizada com seis ou sete notas de enólogos, esta contou com 27 a 30 notas, que garantem um resultado apurado. Ao todo, 113 profissionais analisaram as amostras no mês de agosto, sendo que 30% delas receberam troféus. Os 16 vinhos representativos foram degustados neste fim de semana por degustadores e enófilos de vários países e de 18 Estados brasileiros.
? Já tem alguns anos que participo do evento. A primeira vez que visitei o Rio Grande do Sul foi em uma viagem turística no ano de 1996. Desde lá, todo ano eu venho pelo menos uma vez ? conta o advogado Vladimir Belmino de Almeida, do Amapá.
O governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, esteve no encontro e deu uma boa notícia para o setor no Estado, que vai representar o dobro de recursos para investir em projetos e divulgação do vinho brasileiro.
? Eles pediram uma redução da taxa que é paga pelo Ibravin ao governo para, com esses recursos, promover os trabalhos técnicos e tecnológicos que o Instituto realiza. Então, nós estamos acatando esse pedido, fazendo a redução de 50% para que os recursos fiquem a disposição para projetos concretos que forem desenvolvidos junto ao governo? explica o governador.
