Mesmo com o recuo da produtividade ponderada pela área colhida aos menores níveis desde janeiro deste ano, de 52,32 sacas por hectare, a produção da oleaginosa já no mercado é maior que a do ano passado, de 24,8 milhões de toneladas contra 24,4 milhões de toneladas em 2014.
Apesar da grande oferta disponível, as altas nas cotações internas não estão sendo inibidas. A média da última semana, de R$ 55,70/sc é a maior desta safra, superando as médias do ano passado. Desta forma, o momento atual pode ser oportuno para o produtor, na tentativa de melhorar sua margem de lucro, que vinha sendo magra nos últimos meses.
Frete
O preço do frete de Sorriso (MT) para o porto de Santos (SP) atingiu na última semana média de R$ 295,00/t, registrando a menor diferença semanal em relação ao ano passado, quando neste período a média era de R$ 300,00/t.
As baixas cotações nos meses anteriores deste ano fundamentam-se, em partes, na baixa demanda pelo frete em Mato Grosso em virtude do atraso da colheita. Em janeiro o estado não registrou nenhuma exportação, e em fevereiro o volume exportado foi bastante abaixo do esperado.
A produção disponível de 19,04 milhões de toneladas no início de março, superando 2014, marca o período em que a cotação do frete começa a convergir para a média dos últimos três anos, com as exportações podendo ser retomadas com força. O Imea indica que, apesar de se observar uma brusca queda no preço do frete em meados de abril de 2014, a cotação do frete da soja pode manter-se ascendente por mais tempo neste ano, dado que pode haver muita produção a ser exportada.
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Milho
Depois de 10 semanas de trabalho intenso no campo, a semeadura de milho em Mato Grosso se encerrou. A estimativa é de que foram semeados cerca de 2,96 milhões de hectares no total do estado.
Ao longo desse período, o produtor muitas vezes teve que correr contra o tempo, principalmente nas últimas semanas, a fim de evitar ao máximo a semeadura do cereal fora da janela ideal. Com esta corrida, a plantação da safra 2014/2015 conseguiu encerrar os trabalhos uma semana antes se comparado ao término da temporada 2013/2014, contudo, ainda assim teve boa parte do cereal semeado fora da janela, o que pode vir a preocupar o produtor.
As expectativas de chuvas para os próximos meses são de baixo volume e, a partir de agora, o agricultor irá se atentar ao desenvolvimento do cereal e aguardar as chuvas dos meses de abril e maio, que serão decisivas para a produtividade das lavouras mato-grossenses.
Se considerada a média de 60 dias para o pendoamento do milho no estado, estima-se que cerca de 85,23% do cereal semeado a partir de meados de janeiro estará nesta fase na primeira semana de maio. Posteriormente, segundo o Imea, espera-se que 39,55% do milho semeado no estado se encontre na fase de enchimento de grãos na última semana de abril, sendo necessário, em média, cerca de 240 milímetros de água para o seu desenvolvimento, a maior necessidade hídrica do ciclo. Já na maturação, a necessidade hídrica é menor, sendo estimado que ao final de junho o milho mato-grossense estará pronto para ser colhido.
