O Diretor Executivo da Fundação MS, Renato Roscoe, destacou durante o evento o plantio do crambe em Mato Grosso do Sul, uma planta usada para a fabricação de óleo biodiesel, e que também tem uso nas indústrias químicas, como as de plásticos e óleo para transformadores elétricos.
Com rápido ciclo de produção (90 dias) e com potencial de comercialização no Estado, o crambe é uma opção para a rotação de culturas e cobertura de solos no período do inverno.
– Ela apresenta também, boa tolerância a pragas e a seca, e seu custo é baixo, com isso o risco para o produtor é bem menor – explica Roscoe.
Outra cultura apresentada foi a aveia. Ela oferece um efeito positivo na melhoria do solo, conforme explicação do engenheiro agrônomo da Fundação MS, Carlos Pitol.
– A aveia melhora a condição física do solo. É uma cultura muito importante dentro do sistema de produção agrícola. Ela tem efeito sobre plantas de invasoras e pode ser usada como forrageira. Além disso, o grão é usado na indústria de alimentação humana e animal – ressalta.
Pitol destaca, ainda, a importância do nabo forrageiro.
– É uma cultura mais usada para a cobertura do solo durante o inverno. Tem um efeito muito grande como reciclador de nutrientes, como o nitrogênio e o potássio, e assim como a aveia, ajuda a melhorar o solo – afirma. O nabo é uma excelente opção de inverno para quem planta milho safrinha.
Variedades de trigo que se adaptam bem a região de Mato Grosso do Sul também foram apresentadas durante o Dia de Campo, com participação da Fundação Meridional, Embrapa Soja, IAPAR (Instituto Agronômico do Paraná) e Fundacep (Fundação Centro de Experimentação Fecotrigo).
Segundo o pesquisador da Embrapa Soja, Luís César Vieira Tavares, o Estado apresenta alguns aspectos favoráveis para a cultura do trigo no período do inverno, com clima e solo similares a região norte do Paraná.
– É uma opção a mais para o produtor rural. O trigo apresenta potencial genético e de rendimento, e as variedades pesquisadas pela Embrapa têm resistência a doenças da folha, como ferrugem da folha e mancha foliar – explica. Tavares ressalta que, com condições favoráveis e boa adubação de solo, o trigo pode ter produtividade acima de três mil quilos por hectare.