Por meio de nota à imprensa, o presidente do sindicato, Waldemar Kowaleski, disse ser favorável ao adiamento do julgamento da operação pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), pois “considera importante que as empresas e o órgão continuem buscando uma solução que, ao mesmo tempo, preserve a livre concorrência e evite a reprovação total do negócio.”
Segundo o executivo, o Sindicato, juntamente com o Sindicato das Indústrias de Carnes e Derivados no Estado de Santa Catarina (Sindicarnes) e a Associação Catarinense de Avicultura (Acav) formam um comitê de acompanhamento da avicultura catarinense com agenda bimensal, que vem discutindo melhorias na remuneração dos valores pagos por lote e nas relações entre empresas e integrados.
? Há ainda diversos pleitos pendentes, mas já é possível perceber avanços, como o reajuste obtido no ano passado junto à Sadia. Por este motivo, o Sincravesc entende que uma mudança drástica no cenário atual traria imensos prejuízos às negociações já em curso e aos avanços obtidos, além de trazer de volta a incerteza e a instabilidade às atividades dos produtores de aves ? ressaltou Kowaleski.
O adiamento do julgamento da fusão Sadia-Perdigão foi pedido pelo conselheiro do Cade, Ricardo Ruiz, a pedido das partes, na última quarta, dia 15. Na sessão anterior, do último dia 8, o conselheiro relator do caso no Cade, Carlos Ragazzo, votou contra a efetivação do negócio e na sequencia, Ruiz pediu vista dos autos. A BRF então tem 30 dias para apresentar uma nova proposta de acordo para o negócio – a primeira foi considerada “leve” por Ragazzo e, segundo ele, incluía até “itens ridículos.”