Segundo levantamento finalizado pela Associação Brasileira dos Produtores de Pinto de Corte (APINCO), o alojamento de pintos no mês de janeiro foi de
417,7 milhões de cabeças, ou 15% a menos que o total registrado no mês de outubro – quando foram sentidos os primeiros sinais da crise no agronegócio nacional. Naquele período, o alojamento registrado ficou em 496 milhões de pintos.
O dado é uma vitória para a avicultura brasileira, segundo o presidente da
UBA, Ariel Antônio Mendes.
? Desde outubro temos emitido circulares, convocamos avozeiros, agroindustriais e membros dos vários segmentos da cadeia para reduzir a produção, além de promover de âmbito local e nacional. Os frutos que estamos colhendo mostram que tudo isso valeu a pena ? ressalta Mendes.
Há que se ressaltar também a união do setor diante da crise, explica Mendes.
? Nosso modelo de produção tem um giro muito rápido, o que nos permite ajustar com facilidade às condições do mercado. Mas esta facilidade seria anulada se não houvesse uma união de todos os membros da cadeia. Este saldo mostra o quanto estamos unidos e preparados para as tempestades econômicas ? aponta o presidente da UBA.
Ao mesmo tempo em que o setor ajusta a produção, o consumo interno brasileiro apresentou fortes altas.
? Nós já temos um alto consumo interno. Em 2008, atingimos um índice de 38,78 quilos per capita no ano, frente 37,22 de 2007. Somos a carne mais consumida e a fonte de proteína animal mais acessível do mercado brasileiro. Em 2008 mantivemos uma média de 615 mil toneladas mensais no último trimestre, ou 18% a mais que as 584 mil toneladas de média de outubro, novembro e dezembro do ano anterior. Com um mercado interno sólido e com as efetivas ações promovidas pela ABEF, que nos transformaram em líderes absolutos no mercado internacional, a tendência é que continuemos cada vez mais fortes ? elucida Mendes.