O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) interceptou uma carga de 20.400 litros de azeite de oliva falsificado em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná.
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Após análise laboratorial revelar que se tratava de óleo lampante, impróprio para o consumo humano, as autoridades devolveram o produto, proveniente da Argentina, ao país de origem.
Fernando Mendes, chefe do Serviço de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal do Paraná (SIPOV/PR), diz que o azeite de oliva só pode ser extraído da oliveira. “A adição de qualquer substância ao azeite já configura fraude”, adverte.
Segundo o governo, empresas clandestinas, em busca de lucro fácil, frequentemente utilizam óleos não comestíveis como o lampante para adulterar o azeite de oliva, colocando em risco a saúde da população.
Usado como combustível para lamparinas, o lampante é caracterizado por alta acidez, sabores estranhos e impurezas.
O consumo dele pode ocasionar diversos problemas de saúde, como náuseas, vômitos, diarreia e até mesmo intoxicação alimentar.
Azeite no Brasil
O Brasil está entre os países que mais consomem azeite no mundo e importa em média 100 milhões de litros por ano. A produção nacional é bastante incipiente e resulta em pouco mais de 500 mil litros/ano.
O Departamento de Inspeção de Origem Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária, coordenado e fiscalizado pelo Mapa, é responsável por classificar e certificar produtos importados de acordo com o padrão oficial para a classificação vegetal de alimentos e produtos de origem vegetal.
O departamento estabelece procedimentos operacionais para a importação de azeite de oliva e óleo de bagaço de oliva. Utiliza critérios de risco para selecionar processos de importação que devem ter amostras coletadas para análise laboratorial.
“Por este motivo, 100% das cargas de azeite de oliva importadas a granel, consideradas de alto risco para fraudes, têm amostras coletadas pela fiscalização federal agropecuária e enviadas ao laboratório do Mapa para análise físico-química e sensorial, garantindo assim a qualidade destes produtos no mercado nacional”, acrescenta Mendes.
Para garantir a segurança na escolha de azeites de oliva, o Mapa recomenda aos consumidores:
- Desconfiar de preços muito abaixo da média de mercado.
- Consultar a lista de produtos irregulares apreendidos em ações do Mapa.
- Evitar comprar azeite a granel.
- Conferir a data de validade e os ingredientes contidos no produto.
- Optar por produtos com data de envase mais recente.