No Nordeste e no Norte, a produção de mandioca diminuiu 10,9% e 3,5%, respectivamente, entre 2011 e 2012, segundo pesquisa do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A forte seca que atingiu diversos municípios nordestinos fez com que as lavouras de mandioca sofressem perdas significativas, influenciando a diminuição na produção de farinha principalmente nos Estados da Bahia, Pernambuco e Alagoas.
Como resultado, demandantes da região passaram a se abastecer no Centro-Sul, intensificando a disputa por mandioca especialmente no Paraná. As regiões produtoras de mandioca do Paraná, Mato Grosso do Sul e São Paulo também apresentaram problemas por conta da estiagem e, em vários momentos, os trabalhos de colheita foram dificultados no segundo semestre de 2012.
A menor oferta de mão de obra para a colheita também elevou os custos de produção. A oferta reduzida de raiz e a demanda crescente por matéria-prima pelas indústrias de fécula e de farinha acabaram elevando fortemente os preços da mandioca, da fécula e também da farinha, que atingiram patamares recordes em 2012, superando, inclusive, as altas médias de 2003.