• Redução de consumo e aumento de importações da Ásia acentuam crise da indústria têxtil
• Exportações de algodão caem em relação a junho
Mercado
Os contratos futuros do algodão seguiram tendência de queda, acentuada pelo relatório semanal de exportações norte-americanas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). O contrato com entrega em dezembro de 2014 fechou a cents de US$ 63,35/lp, enquanto o contrato de julho de 2015 fechou a semana cotado a cents de US$ 68,5/lp, queda semanal de 3%.
Impulsionados pela boa perspectiva de mercado que o algodão demonstrava na semeadura, os produtores de Mato Grosso aumentaram seus investimentos no cultivo da fibra e fizeram da safra atual a maior da história, mas a expectativa não deve se confirmar. Enquanto os produtores se focam na colheita e no beneficiamento, a fim de cumprir contratos, as tradings soltam algodão da safra passada no mercado doméstico, tanto para entregas imediatas, quanto para futuras, aceitando valores menores a cada dia.
Os preços internacionais estão em queda livre e na última semana atingiram os menores patamares desde 2009, o que derruba a paridade da exportação, influenciando nos preços internos.
Estados Unidos
Nesta terça, dia 29, a Morgan Stanley estimou que o clima mais úmido permitirá aos produtores norte-americanos colher 17,2 milhões de fardos de algodão na temporada 2014/2015. O volume projetado, que se baseia em um rendimento de 830 libras-peso por acre, supera em três vezes o colhido em 2013/2014 e em 4,2% o estimado pelo USDA para 2014/2015.
De acordo com o banco, o aumento da produção deve elevar a relação estoque/uso da pluma para o maior nível em sete anos. As expectativas de crescimento da safra já se refletem nos preços futuros da commodity na Bolsa de Nova York (ICE Futures US). Hoje, o contrato dezembro do algodão cedia 60 pontos (0,91%), a 65,27 cents por libra-peso.
• Veja, abaixo, o documento do Imea, com gráficos de custo de produção, de preços e de estimativas gerais de cultivo: