Em Santo Ângelo, no Noroeste do Rio Grande do Sul, foi realizado nesta sexta, dia 1º, um fórum para montar estratégias de convivência com a estiagem. A ideia é encontrar alternativas para os períodos de seca. Nas localidades do interior do município, a chuva da última quinta, dia 31, teve média de 25 milímetros.
Para o técnico da Emater Diomar Formenton, a precipitação foi favorável para as culturas do trigo e pastagens, mas insuficiente para a recuperação de águas para o fornecimento aos animais.
– Acreditamos que entre 100 e 150 milímetros seria o ideal para iniciar a recuperação dos mananciais – analisa o técnico.
O produtor rural Laurindo Nikititz avalia que o trigo precoce, semeado em algumas lavouras há duas semanas, não está se desenvolvendo.
– Essa planta não vai conseguir sair do solo. Em consequência disso, está sendo desuniforme e vai gerar despesas ou prejuízos futuramente.
Em outros 50 hectares, Nikititz tem aveia. Com o plantio feito há quase dois meses, as plantas já deveriam estar com cerca de 20 centímetros de altura, mas nesta cultura de inverno, a falta de chuva também atrasa o desenvolvimento e impede que seu uso como alimento para o gado.
O vice-presidente do sindicato rural de Santo Ângelo, Ricardo Copetti, diz que as perdas serão vistas em longo prazo.
– Os problemas vão se refletir nos próximos cinco anos, com certeza. Essa perda de renda que aconteceu agora vai refletir nos próximos anos.