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Baixo volume de estoques mundiais pode pressionar preço das commodities

Estudo do Ministério da Agricultura mostra que consumo de grãos aumentou mais que os estoquesO baixo volume dos estoques mundiais pode pressionar os preços das principais commodities. Esta é a opinião do Ministério da Agricultura, após a divulgação da estimativa da safra mundial de grãos. No entanto, alguns especialistas discordam e afirmam que a situação do mercado interno pode alterar essa tendência.

De acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, deverão ser colhidos, no mundo, 2,2 bilhões de toneladas de grãos, um acréscimo de 5%. O trigo deve aumentar 11,9% em relação à safra passada e registrar um novo recorde: 682 milhões de toneladas. A previsão é de alta também para a soja ? cerca de 5,6%, com uma produção de 233 milhões de toneladas. Para o arroz, a estimativa é de um incremento de 1,8% e uma safra de 439 milhões de toneladas. Apenas o milho é que pode registrar uma leve queda e fechar num patamar semelhante ao do ano passado: 791 milhões.

O levantamento mostra que, apesar de uma produção maior, grande parte dos estoques mundiais não será reposta. As únicas culturas que podem manter as quantidades armazenadas são o trigo e o arroz. Segundo um estudo do Ministério da Agricultura, feito a partir dos dados norteamericanos, o consumo de grãos como soja, trigo e milho aumentou, nos últimos cinco anos, muito mais que os índices de recomposição dos estoques mundiais. Um fator que pode ser favorável para a rentabilidade do produtor.

? Esta situação de aumento de consumo é uma situação decisiva para que a gente tenha até uma pressão sobre os preços. E, adicionalmente, a questão das estiagens na Argentina e no Brasil, nós podemos ter sim pressão de preços ? afirma o coordenador de planejamento estratégico do Ministério da Agricultura, José Garcia Gasques.

Mas a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) alerta que a situação do mercado interno deve interferir na sustentação dos preços. No caso da soja, a tendência mundial é de uma leve alta. Mas no Brasil, mesmo com a seca, o resultado pode ser diferente.

? As tradings, indústrias comercializadoras, não têm dinheiro para fazer estoque. Então é possível que haja um descasamento entre os preços internos e os internacionais, e aqui sofrer uma maior queda, principalmente, no período de maior oferta, que é na colheita ? diz Rosemeire dos Santos, da CNA.

O cenário deve ser complicado também para o milho. A valorização internacional pode demorar a chegar ao solo brasileiro.

? Nós temos em torno de 12 milhões de toneladas em estoque de passagem e isso acaba sendo um fator que deprecia os preços neste ano ? afirma Rosemeire.

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