O agronegócio teve participação de 44,4% no resultado da balança no primeiro semestre. Dado consolidado indica que a participação do setor em 2013 foi de 41,3% das vendas externas do país e de 39,5% em 2012.
De acordo com a CNA, a soja continua como principal item das exportações brasileiras do agronegócio, respondendo por 14,8% do total das vendas externas de US$ 16,1 bilhões no primeiro semestre. O principal destino dos embarques de soja foi a China, que comprou, de todos os seus fornecedores, 34,2 milhões de toneladas no primeiro semestre, um aumento de 24,4% em relação ao volume importado em igual período de 2013. No acumulado deste ano, as vendas brasileiras de soja para a China renderam US$ 12,2 bilhões, um aumento de 9,4% em valor e de 14,5% em volume.
Também foram destaque na exportação a carne bovina (US$ 2,7 bilhões), café em grão (US$ 2,6 bilhões) e celulose (US$ 2,6 bilhões).
No boletim, a CNA também avalia o cenário do comércio agrícola do Brasil com os Estados Unidos, a União Europeia e a Rússia. No bloco europeu, destaque para o crescimento de 7,5% nas importações de carne de frango industrializada no Brasil em virtude da redução do ritmo de desembarque da carne proveniente da Tailândia.
De acordo com os dados comerciais de 2014, a Rússia passou a ser o 4º destino das exportações brasileiras do agronegócio. Até o ano passado, o país ocupava o 6º lugar. Nos seis primeiros meses do ano, os principais produtos exportados para Moscou foram: complexo carnes (US$ 989,7 milhões), complexo sucroalcooleiro (US$ 244,4 milhões) e complexo soja (US$ 196 milhões).
O desempenho do agronegócio contrasta com o resultado negativo da balança comercial do país, que teve déficit de US$ 3 bilhões no acumulado do primeiro semestre de 2014. As exportações totais somaram US$ 110,5 bilhões e as importações, US$ 113 bilhões.
Produtos básicos somam valor recorde para meses de julho
As exportações de produtos básicos bateram recorde para meses de julho. Elas somaram US$ 11,631 bilhões, alta de 16,5% em relação a julho do ano passado. Houve um aumento de 276% nos embarques de petróleo em bruto. Também subiram as exportações de café em grão, carne bovina, carne de frango, carne suína e soja em grão.
As vendas externas de manufaturados cresceram apenas 0,6%, puxadas por tubos de ferro fundido, uma plataforma de petróleo, óxidos e hidróxidos de alumínio e motores e geradores elétricos. As exportações de semimanufaturados subiram 18% em julho ante julho de 2013, principalmente, por conta de semimanufaturados de ferro e aço, ferro fundido, ferro-ligas, couros e peles, açúcar em bruto e óleo de soja em bruto. Por conta do aumento das exportações de petróleo em bruto, aviões e outros, as vendas para os Estados Unidos subiram 24,1% no mês passado.
Para a Ásia, o crescimento foi de 15,8%, sendo que para a China houve uma expansão de apenas 1%. A China, porém, continua o maior comprador de produtos brasileiros. Por outro lado, as exportações para o Mercosul tiveram queda de 7,5%. Somente para a Argentina, o Brasil vendeu 33,5% menos que em julho de 2013. Para a União Europeia, as exportações brasileiras sofreram queda de 3,1%.