Em quase duas horas de apresentação, um time de ministros mostrou o andamento das obras do PAC e se esforçou para mostrar que crise financeira internacional não chegou ao principal programa do governo. O balanço revela que desde janeiro de 2007, quando foi lançado o PAC, apenas 9% das obras foram concluídas. Questionada pela imprensa, a ministra Dilma Rousseff foi enfática ao afirmar que nenhuma obra está ameaçada pela escassez de crédito.
? Não há nenhuma obra que por conta de qualquer problema ligado às restrições de crédito não identificamos, conversamos com vários investidores.
Das 2,198 mil ações monitoradas pelo PAC, 83% são classificadas no balanço como em ritmo adequado de execução, 7% como nível de atenção e 1% é considerado preocupante. Do total de quase R$ 18 bilhões previstos no Orçamento de 2008, o balanço mostra que menos de 50% ? R$ 8,2 bilhões ? foram investidos até setembro deste ano. Apesar dos atrasos, a ministra da Casa Civil garantiu que não vai faltar dinheiro. Segundo ela, o grande financiador do PAC é o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, o BNDES, e, além disso, os programas de infra-estrutura do Brasil ainda são interessantes aos olhos dos investidores.
O balanço mostrou também que o governo não vai cumprir a meta dois milhões de famílias atendidas pelo projeto Luz para Todos até o final do ano. Cem mil ligações que deveriam ser feitas em 13 Estados das regiões Norte e Nordeste vão ficar para fevereiro de 2009. A ministra disse que o motivo do atraso é o baixo nível de eletrificação dessas regiões e ressaltou a importância do programa para quem vive no campo.