Segundo especialistas, nesse tipo de operação o contrato de opção funciona como um seguro. Quando quer garantir o patrimônio, o proprietário de um carro, por exemplo, contrata uma seguradora e paga o chamado prêmio, que tem como referência o valor de mercado. Se ocorrer algum dano ao bem, o cliente aciona o seguro, que faz a cobertura, como instituição que assumiu o risco. Se o dano não ocorrer, o contrato não é exercido e o prêmio fica com a seguradora.
No caso do boi gordo, o valor de mercado é a cotação da Bolsa de Mercadorias e Futuros, a plataforma operacional dos negócios. O pecuarista é o titular e o Banco do Brasil o lançador da opção, o segurador que assumirá os riscos da operação. Simulando uma situação, um produtor quer adquirir hoje o direito de negociar a arroba a R$ 100 daqui a dois meses. Lançada a opção, ele fixa o valor e paga para o banco um porcentual por arroba.
Cumprido o prazo, se o valor da arroba na BM&F estiver menor que o fixado, o titular executa a opção e o Banco do Brasil é obtigado a cobrir a diferença. Caso contrário, o contrato não é executado e o prêmio fica com o banco. Ou seja, o lançador abre a opção apostando que o preço seja maior e o titular assina o contrato temendo redução no valor de referência.
A vantagem para o produtor seria a de garantir um preço mínimo e reduzir os riscos do negócio. Mas há quem veja benefícios também para o próprio mercado de opções. Caso de Emmanuel Souza Barros, da corretora Souza Barros, que opera na BM&F.
? O mercado de opção ainda não tem tanta liquidez pela falta de lançadores. (a entrada do BB) Pode melhorar e estimular muito a entrada de novos lançadores.
Emmanuel Souza Barros aposta que, a partir da entrada do Banco do Brasil, o mercado de opções deve receber novos lançadores e, gradualmente, ganhar em liquidez.