O campo ainda cumpre o vazio sanitário, mas os produtores não param. É momento de fechar a planilha ou concluir as aquisições para o período agrícola que se inicia no mês de setembro. Na região de Morrinhos, sul do Estado, alguns agricultores vão fazer a próxima safra com recursos próprios ou já buscaram financiamentos junto às trades. Os juros da iniciativa privada são mais caros, em torno de 18% ao ano.
O agricultor Vivaldo de Souza vai tentar tomar dinheiro junto ao Banco, mas sabe que será impossível garantir todo o recurso para as lavouras de soja e milho.
? Há situações em que o produtor está fora do limite do crédito rural. Se ele passou por uma dificuldade financeira, teve que fazer uma prorrogação de dívida, se não arcou com seus compromissos nos vencimentos, então ele é penalizado no crédito rural enquanto a situação não se regularize. Eu acho que um mínimo de produtores teve que passar por essa, situação. E eu fui um, não sou exceção ? declarou Souza.
Entidades ligadas ao setor agrícola afirmam que, a exemplo da safra anterior, os produtores goianos devem sacar 15% a mais do que aconteceu no plano agrícola anterior, cerca de R$ 6,8 bilhões. Do crédito oficial, apenas 20% devem ser usados para custear a safra. O ponto que não agradou o setor foi o limite de crédito por produtor e não mais por cultura, exceto o milho.
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? Grande parte dos nossos produtores tem acesso ao crédito. A grande dificuldade que nós temos é com relação a esse limite que não cobre as necessidades de hoje do produtor rural. Gera uma dificuldade e o produtor acaba tendo que ir às multinacionais para cobrir essa diferença que o plano safra não cobre para ele ? explicou o presidente do Sindicato Rural Morrinhos, Tiago Mendonça.
O recurso anunciado pelo Banco do Brasil esta semana foi de R$ 4,2 bilhões para os produtores goianos. O montante é 20% maior do que o da última safra, os juros são de 6,75% ao ano.
A Superintendência Estadual do Banco do Brasil destacou o valor recorde de recursos com avanços em linhas de crédito junto com novas modalidades de seguro. Mas a preocupação da instituição é permitir ao agricultor acesso mais facilitado aos recursos.
