O Banco do Agricultor Paranaense, programa de financiamento para empresários do campo lançado nesta terça-feira, 27, pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, pode levar o estado “a um salto estratégico se tornar ainda mais protagonista no agronegócio mundial”, segundo o governo.
Com um programa voltado ao desenvolvimento sustentável, a inovação tecnológica e a melhoria da competitividade dos produtos paranaenses pode alavancar setores da produção.
Segundo o secretário estadual de Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara, o programa é uma aposta ousada e inédita no país para subsidiar modernizações e resolver gargalos históricos, como a irrigação no Arenito Caiuá.
“Estamos reservando recursos para facilitar e baratear o dia a dia dos produtores rurais, principalmente daqueles pequenos que têm aspirações de crescimento. O agronegócio paranaense emprega milhares de famílias e tem margem para crescer com sustentabilidade e responsabilidade”, afirmou.
Segundo a Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento, o agronegócio tem Valor Bruto de Produção (VBP) na casa de R$ 120 bilhões. O agro representa 34% do PIB total do Paraná. Ou seja, de cada R$ 100 produzidos num ano, R$ 34 tem a ver diretamente com o agronegócio. O campo e suas vertentes também respondem por 80% do esforço exportador do Paraná, com balança comercial superavitária. O estado é o terceiro maior exportador do agro, com mais de 13% do total.
“As projeções são mais ainda otimistas com esse programa. É essa a nossa estratégia mais arrojada para crescer e criar um bom ambiente para os empresários e cooperados crescerem por conta própria”, acrescentou Ortigara.
No Brasil, o campo já produz mais de R$ 1 trilhão. O agronegócio representa cerca de 21% do PIB e é relevante sob o ponto de vista do emprego, da renda e do valor agregado à produção de máquinas, implementos, equipamentos, fertilizantes, pesticidas, combustíveis e outros insumos, além do valor agregado no processamento agroindustrial.
Desenvolvimento
O Banco do Agricultor Paranaense também atua diretamente os desafios pendentes do estado, que são aumentar a eficiência do uso dos recursos naturais e dos sistemas de produção. Ou seja, produzir mais e melhor, com menos recursos.
“Está dentro das estratégias de desenvolvimento sustentável, alicerçados nas mudanças energéticas, e do selo de Área Livre de Febre Aftosa sem Vacinação, que o estado receberá no próximo mês, projetando novos ganhos comerciais para a indústria de carnes”, afirmou a instituição em nota oficial.