A última edição da revista Veja denuncia que o documento revela que “nas mãos dos dirigentes do Partido dos Trabalhadores (PT), a cooperativa se transformou num manancial de dinheiro destinado a encher os bolsos de seus diretores e a abastecer campanhas eleitorais do partido”.
Ainda segundo a reportagem, o MP pediu a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da cooperativa João Vaccari Neto – que é atualmente tesoureiro do PT e deve cuidar das finanças da campanha eleitoral de Dilma Rousseff à Presidência ? além do bloqueio das contas da Bancoop. Em notas divulgadas neste sábado, dia 6, a cooperativa e Vaccari Neto negam as acusações.
As denúncias foram apresentadas pelo Canal Rural em novembro de 2007, em entrevista do promotor José Carlos Blat, do Ministério Público de São Paulo, ao comentarista Miguel Daoud. Na ocasião, Blat disse que os empreiteiros contratados pela Bancoop emitiam notas fiscais frias para que esse valor fosse repassado à Bancoop para o financiamento de campanhas políticas. Reveja a entrevista:
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? Há indícios fortes de que a Bancoop desviou recursos para empresas ligadas a alguns de seus dirigentes, que depois foram abastecer campanhas do PT ? disse Blat, que abriu inquérito criminal em 2007.
Segundo o promotor, 47 empreendimentos imobiliários da Bancoop não saíram do papel, prejudicando três mil famílias. Pelos cálculos do Ministério Público, o rombo nas contas da cooperativa chegaria a R$ 100 milhões.
De acordo com a revista Veja, pelo menos 400 famílias movem processos contra a cooperativa e alegam que, além de não terem recebido os imóveis após a quitação, ainda passaram a ver as prestações se multiplicarem.
