Segundo o diretor de crédito do Banrisul, Guilherme Cassel, a acirrada competição com outros Estados e o exterior pelo produto cria o que chama de um “passeio do milho”, quando o grão é vendido para outros mercados e depois é preciso compensar comprando o milho do Centro-Oeste, com custo de frete de R$ 18 por saca de 60 quilos. Pelo menos dois milhões de toneladas são vendidos para fora do Rio Grande do Sul quando a demanda dos setores de aves, suínos e outras atividades pecuárias chegam a 5,6 milhões de toneladas anuais.
— Nós vendemos o milho com taxa de 0% e depois precisamos comprar com alíquotas de R$ 12%. Isso tem trazido um prejuízo de pelo menos R$ 70 milhões para a receita estadual. Por isso queremos incentivar com essas linhas de crédito que a maior parte do que é produzido no Estado fique para as nossas agroindústrias e cooperativas — salienta Cassel.
Conforme o diretor executivo da Associação Gaúcha de Avicultura (Asgav), José Eduardo dos Santos, a medida foi construída em conjunto com os produtores de milho, que concordaram com a proposta de tentar manter a maior parte da produção gaúcha para as indústrias locais.