Obama citou a liderança que o Brasil tem tido no enfrentamento da crise econômica mundial e reconheceu a importância do país em assuntos importantes para a América Latina como a reforma do Conselho de Segurança.
O presidente eleito dos Estados Unidos aceitou convite de Lula para visitar o Brasil e comentou que foi aluno de um ministro do governo, numa referência ao ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência, Mangabeira Unger.
Obama informou que não estará em Washington durante a reunião do G-20, que vai reunir no próximo sábado, dia 15, as economias mais ricas do mundo e alguns países emergentes, entre eles, o Brasil, para discutir uma solução para a crise. Reiterou que o momento é do presidente George W. Bush, mas defendeu a importância de manter o diálogo entre os países.
Obama teria pedido a Bush que ajude a indústria automobilística do país. O atual presidente é contrário ao acesso das montadoras ao fundo de resgate federal de US$ 700 bilhões, apesar dos alertas de que a General Motors, atolada em dívidas, pode não sobreviver.
Presidente diz que não se deve ter expectativa com cúpula
Mais cedo, no segundo dia de sua primeira visita de Estado à Itália, Lula disse que não se deve esperar muito do encontro do G-20:
? Será a primeira reunião. É um começo, um começo promissor.
Num discurso para uma platéia de mil sindicalistas italianos, que o aplaudiram de pé, o presidente insistiu neste ponto: a solução para a crise é política. Ele conclamou os sindicalistas de todos os países a apresentarem propostas.
O presidente fez uma enfática defesa de Obama, comparando sua eleição à chegada de Nelson Mandela ao poder na África do Sul.
Já o primeiro-ministro italiano Silvio Berlusconi, que chamou Obama de ” bronzeado “, se explicou:
? Quem interpretou da pior forma é um imbecil ? disse.