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Barreira comercial nas retenções de cargas de mamão nos EUA tem prejudicado exportadores brasileiros

Diretor técnico da Brapex diz que o problema não é questão técnica, mas sim, comercial e políticaA Associação Brasileira de Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex) se reuniu em Brasilia, na quinta, dia 18, para debater com o governo sobre o prejuízo ocasionado ao setor do mamão devido às retenções de cargas da fruta na vistoria realizada pelo Serviço de Inspeção Vegetal e Animal (APHIS), do Departamento de Agricultura dos EUA, na entrada da fruta no país norte americano está afetando os exportadores brasileiros.

O diretor técnico da Brapex, José Roberto Macedo Fontes, diz que o problema enfrentado pelo setor do mamão brasileiro está causando prejuízos aos produtores e ao setor.

– Nunca houve identificação da mosca das frutas em nossas exportações. Estamos sendo penalizados por um problema que o setor é referência positiva no mundo inteiro – afirma o diretor.

De acordo com Fontes, o setor enfrenta retenções de carga por qualquer motivo, sem justificativas concretas.

– A carga chega ao mercado americano e qualquer sinal de inseto, seja um mosquito, que não tem nada a ver com praga quarentenária, os fiscais que recebem já mandam retornar ou destruir a carga – diz Macedo.
 
A atitude do Aphis está ocasionando grande prejuízo aos exportadores, principalmente, nos dois últimos anos. Somente em 2012, uma única empresa sofreu 19 ocorrências de retenção, gerando um custo de US$ 3,34 por quilo de mamão exportado.

– O mamão é retido pelas mais banais expectativas, longe de serem pragas quarentenárias. Isso gera desabastecimento do cliente e prejuízos às exportadoras – conta o diretor.
 
De acordo com a Brapex, os dados oficiais apontam uma redução nas exportações nacionais da fruta. Em 2002 e 2003, cerca de sete milhões de quilos foram exportados, porém, no ano passado, o número caiu para 2,5 milhões de quilos.

– A queda é, principalmente, devido às limitações de operações colocadas pelas instruções normativas criadas pelo Ministério da Agricultura que engessou nosso processo e limitou nossa operação e, mais recentemente, devido ao custo das retenções de cargas, que chega a U$ 3,50 por quilo de mamão – afirma.
 
Após a apresentação do atual problema na reunião em Brasília, a Câmara da Fruticultura indiciou que o assunto permaneça em pauta e que seja realizado um acompanhamento da mesma com apoio ao setor. O representante do Ministério da Agricultura, Cosan Coutinho, afirmou que dará resposta imediata sobre ação de equivalência nos produtos importados dos EUA, além de agir na conversa diplomática com o Serviço de Inspeção Norte Americano. 
  
Nunca houve registro de pragas quarentenárias nas exportações para EUA
O aumento nas retenções de cargas de mamão na entrada dos EUA não reflete o histórico das exportações da fruta do Brasil para aquele país. Há quinze anos exportando mamão para os consumidores americanos, nunca houve, nesse período, um registro de mosca das frutas, praga quarentenária que gerou a elaboração do Plano de Trabalho para exportação para o mercado americano.

– É uma questão comercial e não técnica. Acreditamos que a única saída será os fiscais brasileiros darem o mesmo tratamento nas cargas de importação dos EUA para que possamos ser ouvidos e, assim, resolver esse problema – diz Fontes.
 
>>Assista a entrevista com o diretor técnico da Brapex, José Roberto Macedo Fontes:

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