? Os problemas políticos não devem afetar as relações comerciais ? disse o ministro da Agricultura da Colômbia, Andrés Fernandez Acosta.
A declaração do ministro se refere ao anuncio do governo venezuelano de que não vai renovar o acordo de venda de gasolina a preços preferenciais para a Colômbia. A medida é parte de um conjunto de ações de congelamento comercial da Venezuela em resposta ao acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos.
De acordo com Acosta, os produtores rurais colombianos estão entregando os produtos e não recebem o pagamento por parte da Venezuela. A dívida já alcança US$ 29 milhões.
Uma comitiva colombiana veio ao Brasil para divulgar que o país tem terras disponíveis e interesse em atrair investidores do agronegócio. Em troca, são oferecidos fiscais. Há sete anos, a Colômbia trabalha duro para combater o narcotráfico, que durante muitos anos inibiu o crescimento do país. Agora, busca recursos para ampliar a atividade econômica.
Neste sentido, a relação com o Brasil pode promover um intercâmbio de experiências que estão contribuindo para o desenvolvimento agropecuário dos dois países.
Com a genética verde e amarela, os colombianos pretendem aumentar a produtividade do rebanho bovino que atualmente conta com 26 milhões de cabeças distribuídas em 42 milhões de hectares. Uma pecuária ineficiente, que absorve pouca mão de obra.
? Isso se melhora com genética e o Brasil é um grande parceiro ? declarou Acosta.
A Colômbia possui 30 frigoríficos que conseguem abater apenas quatro milhões de cabeças de gado por ano. O país produz 18 milhões de litros de leite por dia, mas consegue processar só a metade, os outros 50% são comercializados informalmente. Precisa ampliar a capacidade de industrialização e aposta que o investimento pode sair do Brasil.
? Nós queremos que o Brasil chegue com a indústria ? concluiu o ministro da Colômbia.