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Bataticultores buscam melhorar produção nacional para competir com produto importado

Participantes de congresso que acontece em Uberlândia (MG) buscam ações efetivas de países produtores para que a indústria possa expandir e levar junto sua base produtivaOs países latino-americanos que produzem batata estão cobrando dos governos uma política de ação efetiva para fortalecer a criação de novas indústrias que possam competir com a batata industrializada vinda de fora, principalmente da Europa. No Brasil, o setor está buscando a profissionalização em todo processo, desde o campo, passando pela indústria, até chegar ao consumidor. 

Em 50 anos, a área plantada de batata no Brasil reduziu em 56%, mas a produção aumentou graças ao investimento em pesquisa e a parceria com holandeses. A Holanda detém mais de 60% do mercado mundial de batata-semente. Essa parceria continua graças ao potencial de consumo no Brasil.

A agrônomo Hans Peeten, representante holandês na venda de batatas-sementes, acredita que a parceria entre brasileiros e holandeses deu certo e colaborou para o desenvolvimento da produção nacional.

– Ajudamos a desenvolver o setor de sementes com especialistas da Holanda, Embrapa e técnicos. O mercado continua sendo muito importante porque  está em franca expansão. Duzentos milhões de consumidores é um mercado que é significante o suficiente para trabalharmos juntos – diz Peeten.

Nos últimos cinco anos, toda cadeia produtiva da batata brasileira vem mudando conceitos e apostando na profissionalização em todo processo. Exigências do competitivo mercado moderno.

Segundo o consultor de produção Felipe Vieira, o produtor precisou se adequar para entregar ao consumidor final um produto de qualidade.

– O produtor teve que se adequar para levar um produto mais  acessível,  melhor para o consumidor final, mas sempre respeitando as boas práticas agrícolas, as questões sociais e ambientais. Para ter este resultado você tem que mudar toda cadeia, tem que profissionalizar desde o preparo de solo à escolha  do material que vai plantar, das práticas conservacionistas e agrícolas.

O trabalho agora é voltado para mudar os conceitos dos consumidores na hora de comprar o produto. Para o representante da Cooperativa Agrico BV – Holland,  Abraham Margossian, o consumidor precisa conhecer os tipos de batatas e seus adequados usos, senão acredita que a qualidade da batata não seja boa.

– O consumidor vai muito pela aparência da batata. O consumidor tem que, com o tempo, mudar e conhecer a qualidade da batata. Para que finalidade cada tipo de batata serve, se para fritura, para cozimento, para purê.

O Congresso Latino-Americano da Batata, que acontece em Uberlândia (MG) até o dia 20 de setembro, está mostrando ao mercado a diversidade de atores em toda a cadeia produtiva, dos fornecedores de insumos aos pesquisadores. Nos debates, todas essas engrenagens buscam ações mais efetivas das políticas adotadas nos países produtores para que a agroindústria da batata possa expandir e levar junto sua base produtiva.

O Brasil tem potencial para crescer entre 10% e 15% ao ano na produção de batata pré-frita. Hoje, o setor reclama que os navios que levam frango brasileiro para a Europa trazem na volta a batata europeia. Por isso, importamos 220 mil toneladas dessa batata industrializada por ano. Mas o governo começou a olhar com mais atenção para esses números.

O produtor e dono da Indústria Bem Brasil, João Rochetto, diz que o posicionamento do governo brasileiro tem ajudado a valorizar o produto nacional, mas a indústria ainda carece de algumas melhorias.

– O posicionamento do governo nos últimos tempos  tem sido muito mais voltado para a valorização da produção nacional. Essa valorização é uma mudança importante para o setor. Nós temos que trabalhar e lutar para ter uma indústria de processamento, de transformação forte. Isso dá base para o setor de produção ser forte também.

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