Hübner falou nessa quinta, dia 24, sobre o projeto de Belo Monte em reunião do Conselho Federal de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea) e criticou o argumento de entidades que são contrárias a construção da usina.
? Quando se faz uma usina hídrica, é como se tivesse fazendo um crime ambiental absurdo, mas quando faz usina térmica a óleo ninguém se manifesta.
O diretor da Aneel também argumentou que para gerar com fontes eólicas os mesmos 11,2 mil megawatts que serão produzidos por Belo Monte, seria necessário construir 5,5 mil aerogeradores de dois mil quilowatts de potência. Segundo ele, isso daria um custo extra de R$ 63 bilhões.
Ele ressaltou também que, desde que começou a se pensar na construção da usina foram feitas diversas melhorias no projeto, como redução pela metade do tamanho do reservatório e eliminação de usinas que estavam previstas para serem construídas na Bacia do Rio Xingu. Hübner também garantiu que, com o projeto atual, a usina não modifica em nada a situação da população indígena da região.
O diretor da Aneel defendeu que o consórcio Norte Energia, responsável pela construção de Belo Monte, faça ações preventivas para evitar protestos de trabalhadores, como ocorreu na Usina Jirau, no Rio Madeira (RO).
? Todos os empreendedores têm que ter cuidados em relação a questões trabalhistas, mas de maneira geral isso é feito. Eu visitei Santo Antônio e Jirau e as condições de trabalho me pareceram muito boas, mas não sabemos o que está acontecendo no dia a dia.
Hübner disse que em abril Belo Monte deverá ter a licença de instalação para início das obras. As operações da usina devem começar em dezembro de 2015. A usina será a maior hidrelétrica totalmente brasileira (levando em conta que a Usina de Itaipu é binacional) e a terceira maior do mundo. A usina terá capacidade instalada de 11,2 mil megawatts de potência e reservatório com área de 516 quilômetros quadrados