? Alguns grupos, por questões ideológicas, são contra. Eles querem preservar tudo como está, mesmo que não seja necessariamente bom para a população lá ? disse o executivo, que fez uma palestra no Instituto Brasileiro de Executivos Financeiros (Ibef-RJ).
Segundo ele, a construção da hidrelétrica no Rio Xingu não pode ser vista apenas como um projeto de energia elétrica. Para Tolmasquim, o desenvolvimento social que o empreendimento trará precisa ser colocado na balança na hora de se analisar o tema. Mesmo alegando ser um defensor das minorias, o presidente da EPE lembrou que o projeto vai possibilitar atender 60 milhões de consumidores brasileiros.
? As duas áreas mais próximas indígenas, que não serão inundadas, têm ao todo 180 índios ? ressaltou.
Tolmasquim não quis comentar possíveis revisões no valor do investimento, calculado em R$ 26 bilhões. Mas, aproveitou para defender o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que concedeu licença de instalação para Belo Monte apesar de 11 das 40 exigências ainda não terem sido cumpridas.
? Pelo que conheço, se foi dada essa licença é porque havia condições necessárias para que o empreendimento começasse. Tenho plena confiança nisso. Eles (técnicos do Ibama) podem até errar. Mas, eles erram por zelo demais, não de menos ? disse.