O projeto nasceu da dificuldade que a família do idealizador tinha para dosar o plantio de sementes através da máquina.
– Minha mãe era pequena agricultora e plantava milho. Tínhamos muita dificuldade de regular a dosagem de sementes na máquina, porque ela era muito antiga. A gente deveria pensar em algo para facilitar. Em 2004, fiz agronomia em Bandeirantes (PR) e, em 2006, tive a ideia do plantio em fita. Na primeira experiência, vimos que a fita não atrapalhava em nada a germinação – conta.
Em entrevista ao Bom Dia Campo desta quinta, dia 3, o pesquisador mostrou uma fita para a cultura do milho. O espaçamento entre as sementes é de 18 centímetros, intervalo onde sementes de outras culturas podem ser plantadas. Como o papel da fita é biodegradável, com o sol e a água, a semente rompe o material e não tem o crescimento inibido.
– Essa fita é higroscópica, ela absorve mais umidade e a deixa próxima da semente. Em um plantio em fita, se consegue uma germinação muito mais uniforme do que na semeadura comum – destaca o engenheiro.
Segundo ele, a tecnologia pode proporcionar uma rentabilidade três vezes superior em relação ao plantio convencional. O espaçamento é muito preciso, o que garante aumento de produção de área, além da diversidade de culturas.
– Vamos levar o projeto para a África, que tem uma agricultutra bem defasada em relação ao Brasil. O grande produtor sempre tem uma tecnologia de ponta, acessos, o pequeno, não – afirma Marrafon, acrescentando que a máquina de plantar para a fita (que também pode ser implementada de forma manual) é mais barata do que a convencional.
Para saber mais sobre o projeto, assista à entrevista completa: