
A produção de biocombustível a partir do coco verde surge como uma alternativa inovadora e sustentável para a transição energética no Brasil. Em Aracaju (SE), pesquisadores do Instituto de Tecnologia e Pesquisa (ITP) desenvolvem um projeto que converte a fibra do coco em combustível renovável, promovendo a economia circular e reduzindo a sobrecarga ambiental causada pelo descarte inadequado do resíduo.
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O Núcleo de Estudos em Sistemas Coloidais (NUESC), vinculado ao ITP e ao Grupo Tiradentes, vem aplicando tecnologias avançadas para transformar as 190 toneladas de resíduos de coco descartadas semanalmente na cidade em energia limpa.
“Essa iniciativa não só reduz o impacto ambiental, como também aproveita um material abundante que, de outra forma, geraria altos custos para a gestão de resíduos urbanos”, explica o pesquisador Cláudio Dariva, coordenador do NUESC.
Tecnologia no aproveitamento do coco
O coco verde é amplamente consumido em regiões tropicais, e seu resíduo, especialmente a fibra, representa um grande desafio ambiental em razão do seu alto volume e baixa taxa de decomposição.
O processo de conversão do coco verde em biocombustível envolve etapas como secagem, trituração e conversão térmica, utilizando técnicas como pirólise e gaseificação. A pesquisa também explora a integração de processos sustentáveis para maximizar o aproveitamento dos resíduos e reduzir a dependência de combustíveis fósseis.
Além de contribuir para a redução na emissão de carbono, o projeto fomenta o desenvolvimento local, gera empregos e impulsiona o setor de biocombustíveis, consolidando-se como um modelo promissor para outras regiões do país.
Com o avanço dessa tecnologia, o Brasil se posiciona como referência na valorização de resíduos agroindustriais, promovendo soluções inovadoras para o agronegócio e para a sustentabilidade ambiental.