De acordo com Strapasson, o etanol, porém, não é uma solução completa para a demanda crescente de energia do mundo.
? Precisamos pensar em uma matriz energética com todas as energias integradas. O etanol não é um substituto integral de outras fontes, mas é uma alternativa limpa, renovável e competitiva ? disse.
O diretor explicou também que não há um modelo único de produção do biocombustível.
? O Brasil foi se aperfeiçoando e conquistou uma indústria bastante competitiva. É possível outros países adequarem esse modelo às suas realidades. As nações têm estratégias diferentes em termos de políticas públicas, infraestrutura e uso do território ? completou.
Strapasson informou ainda que uma boa forma de se iniciar um programa de etanol é instituir a mistura obrigatória do combustível à gasolina, como ocorre no Brasil. Ele explica que a mistura de até 10% de etanol na gasolina não demanda alteração nos motores dos veículos, possibilitando o início de uma produção em larga escala do biocombustível sem modificar, inicialmente, a estrutura de postos de combustível e da indústria automotiva.
Há potencialidades de clima, solo e áreas disponíveis principalmente nos países localizados na faixa tropical do planeta para a produção de etanol. Algumas dessas nações da África, América, Ásia e Oceania participam, até sexta-feira (20), da 2ª Semana do Etanol: compartilhando a experiência brasileira, em Ribeirão PretoSP.
Na manhã desta segunda, Strapasson lançou também a versão em inglês do Anuário Estatístico da Agroenergia 2009 (Agrienergy Statistical Yearbook 2009). A publicação, disponível no site do Ministério da Agricultura traz dados nacionais e internacionais de produção de cana-de-açúcar e seus subprodutos, modelos de produção, entre outros.