– Como estariam os reservatórios hoje do Sudeste sem essa geração estratégica da bioeletricidade da cana em 2013? Em abril deste ano, a energia armazenada nos reservatórios do submercado Sudeste/Centro-Oeste terminou em 38,8%, o pior nível desde o racionamento de energia em 2001. O alívio dado ao sistema pela bioeletricidade é providencial – comenta Souza.
Gases de efeito estufa
Outro benefício importante é a questão das emissões evitadas de Gases de Efeito Estufa (GEEs). Segundo a Unica, o total de emissões de gás carbônico evitado na safra passada pela bioeletricidade fornecida à rede pelas usinas paulistas foi superior a 4 milhões de toneladas de CO2. Para atingir a mesma economia de CO2 por meio do plantio de árvores ao longo de 20 anos, seria preciso plantar 29 milhões de árvores nativas.
Ainda segundo Souza, se considerarmos o total de emissões da matriz de energia elétrica brasileira em 2012, sem a bioeletricidade dessas usinas de São Paulo as emissões do setor elétrico brasileiro seriam 13% superiores.
– As emissões evitadas pela bioeletricidade oferecida pelas usinas paulistas à rede em 2013 foram equivalentes a 25% do total de emissões de Gases de Efeito Estufa no município de São Paulo, de acordo com o último inventário das emissões de GEEs do município de São Paulo – aponta Souza.
Para o executivo, esses dados demonstram a importância estratégica que tem a bioeletricidade não somente para São Paulo, mas, principalmente, para o sistema elétrico brasileiro.
– Dado o potencial desta fonte, a bioeletricidade tem que voltar a ser prioridade no planejamento elétrico do país. Ela é parte significativa da solução para a competitividade do etanol na matriz energética nacional, outro produto da cana que também precisa ser resgatado como prioridade na política energética brasileira – conclui Souza.
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