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Biologia molecular ajuda produtores a combater e identificar espécies da helicoverpa

Nova tecnologia, chamada Sistema de Diagnose, já permitiu a análise de 630 amostras de lagartas de regiões produtoras de algodão em Mato GrossoA lagarta Helicoverpa armigera continua assustando os agricultores brasileiros por sua voracidade e capacidade de adaptação a várias culturas. Os produtores ainda têm dificuldade para diferenciá-la de outras lagartas menos agressivas. Para ajudar no controle da praga, foi criada uma nova tecnologia, chamada Sistema de Diagnose, que identifica com segurança, e em pouco tempo, a que espécie pertence as lagartas do gênero helicoverpa, além de auxiliar no monitoramento de outras pragas na safra 2013

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Criado através de uma parceria entre os departamentos de Entomologia e de Biologia Molecular do Instituto Mato-Grossense do Algodão (IMAmt) e da Organização Australiana para a Pesquisa Industrial e Científica da Comunidade Britânica (CSIRO, na sigla em inglês), o sistema já permitiu, desde setembro, a análise de 630 amostras de lagartas de todas as regiões produtoras de algodão em Mato Grosso. 

Do total examinado no laboratório do IMAmt, aproximadamente 96% eram lagartas da espécie armigera e o restante das amostras eram de Helicoverpa zea Heliothis virescens, também conhecida como lagarta da maçã.

– Com essa tecnologia, ganhamos agilidade e a perspectiva é utilizar esse sistema de diagnose não só para identificar a espécie, mas também para identificar as populações de lagartas resistentes à tecnologia Bt – afirmou o pesquisador do IMAmt, Leonardo Scoz, se referindo às variedades de sementes geneticamente modificadas que se caracterizam por apresentar resistência às principais espécies de lagartas-pragas que atacam o algodoeiro.

Segundo Scoz, atualmente o Sistema de Diagnose trabalha com amostras de lagartas coletadas nos sete Núcleos Regionais que englobam as propriedades produtoras de algodão em Mato Grosso. O especialista explica como é feita a identificação da espécie:

– Os assessores técnicos regionais (ATRs) ficam responsáveis por receber e nos enviar as amostras recolhidas nas fazendas. Fazemos a extração do DNA de cada amostra e através da tecnologia de marcadores moleculares conseguimos identificar a espécie.

Ele acrescentou que o trabalho é realizado com a utilização de uma planilha desenvolvida pelo entomologista do IMAmt, Miguel Soria. Conforme Scoz, antes da adoção desse sistema, que utiliza tecnologia de ponta, a identificação com segurança só era feita fora de Mato Grosso e levava aproximadamente 60 dias. Agora, é possível detectar a presença de Helicoverpa armigera em uma semana.

– A biologia molecular entra como facilitadora e, graças aos investimentos feitos no laboratório do IMAmt em Primavera do Leste, poderemos verificar se as medidas de controle das lagartas Helicoverpa spp. estão sendo eficazes, evitando gastos desnecessários e o uso excessivo de produtos químicos – disse o biólogo.

Ele citou as recomendações que vêm sendo feitas por pesquisadores do IMAmt e outras instituições de pesquisa no sentido de recorrer ao Manejo Integrado de Pragas (MIP): adotar áreas de refúgio para evitar o crescimento de populações de lagartas resistentes à tecnologia Bt e utilizar ferramentas de controle biológico no combate à helicoverpa spp. e outras pragas do algodoeiro.

 – O produtor poderá contar com produtos agroquímicos e com a tecnologia Bt2 para controle da população da Helicoverpa armigera, porém se essas ferramentas não forem usadas de modo adequado teremos o crescimento de uma população cada vez mais resistente de lagartas – alerta o pesquisador.

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