Maggi afirmou que seu Estado não tem “nada a esconder” e defendeu que o desmatamento real em Mato Grosso representa apenas 10% da devastação medida pelo Inpe.
De acordo com o instituto, 1.123 quilômetros quadrados da floresta amazônica sofreram corte raso ou degradação progressiva durante o último mês de abril. Desse total, 794 quilômetros quadrados foram devastados somente em Mato Grosso.
Segundo Maggi, as divergências se devem a diferenças de metodologia. Enquanto o Inpe considera a degradação progressiva na conta do desmatamento, Maggi só contabiliza o corte raso, ou seja, áreas completamente devastadas.
? A degradação progressiva pode ser interrompida quando o Estado é comunicado e toma medidas para a recomposição florestal da área ? argumentou o governador.
Blairo Maggi disse que já convidou representantes do governo, de organizações não-governamentais e do Congresso Nacional para verificar em campo a diferença entre o “alarme” do Inpe e os números defendidos por seu Estado.
? O ministro Minc [Carlos Minc, do Meio Ambiente] disse que não quer brigar com o termômetro. Nem eu. Mas é preciso verificar se o termômetro está aferido ou não. Uma febre de 37 graus é diferente de uma de 40 graus.
Segundo o governador, entre 2003 e 2007, o Estado de Mato Grosso reduziu o desmatamento em 80%. Conforme Maggi, 9,4 mil quilômetros quadrados de florestas foram economizados, o equivalente à cidade de São Paulo.
O governador de Rondônia, Ivo Cassol, também participou da audiência pública, promovida pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara.