A carteira é formada por quatro componentes: boi gordo, com participação de 47,61%; café arábica, com 24,74%; soja, com 16,87% e milho, com 10,79% de participação. O critério para a composição do índice leva em conta a produção nacional e a liquidez entre produtos primários negociados na bolsa.
Para integrar o cálculo, a commodity deve ter sido negociada em pelo menos 80% dos pregões. Além disso, deve responder por um volume financeiro em dólares superior a 1% do total dos últimos 12 meses. E apresentar um índice de negociabilidade de pelo menos 1% no mesmo período.
A revisão da carteira será feita a cada quatro meses, a exemplo do que ocorre com o IBovespa, em janeiro maio e setembro. Novos produtos serão admitidos se tiverem pelo menos um ano de negociações.
O diretor de Commodities da BM&FBovespa, Ivan Wedekin, disse que a divulgação do ICB “não é tão bonita” quanto gostaria que fosse, mas se trata de um indicador importante. Ele cogitou a possibilidade de lançamento de um contrato futuro relacionado ao índice.
? O que nós estamos fazendo? Calculando todo o dia o Índice de Commodities Brasil (ICB), que reflete o preço das mercadorias negociadas na Bolsa. Tem toda uma metodologia internacional que nós estamos utilizando para calcular. No futuro, pretendemos lançar um contrato em que os participantes de mercado vão poder fazer posições de compra e venda com relação ao comportamento futuro dos preços das commodities na Bolsa, misturando boi, café, soja e milho, as commodities que tiveram um volume de negociação compatível para entrar no cálculo deste indicador.