BNDES estuda captação no exterior para financiar setor produtivo

Conforme presidente do banco, em 2011, recursos do mercado internacional chegaram ao país de forma bem sucedidaO Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) avalia se fará captação no exterior para financiar o setor produtivo brasileiro. Segundo o presidente do banco de fomento, Luciano Coutinho, a instituição poderá voltar ao mercado internacional, este ano, em busca de recursos.

– No ano passado, nós captamos de maneira muito bem sucedida e estamos até com folga em moeda estrangeira. Vamos analisar. Como essa é uma operação de curto prazo, não há nada ainda programado nesse sentido – diz.

A captação feita pelo BNDES em 2011 alcançou 200 milhões de francos suíços, por meio da emissão de bônus com vencimento em 2016. Segundo a assessoria do banco, essa foi a primeira operação feita na moeda pela instituição desde 1997, dentro da política de diversificação de fontes de recursos. Desde 2008, o BNDES fez três captações em dólar, no valor total de US$ 3 bilhões, e uma de 750 milhões de euros.

Coutinho aponta que as prioridades de financiamento são as áreas de inovação tecnológica, as pequenas empresas e a ampliação dos investimentos em infraestrutura. Petróleo e gás, tecnologia da informação, matriz energética com aumento do apoio às energias renováveis também são áreas consideradas prioritárias para financiamento pelo banco este ano.

O setor de energia elétrica recebeu do banco R$ 16 bilhões em 2011. Desse total, R$ 7 bilhões foram destinados a projetos de energias renováveis, com destaque para energia eólica. A expectativa do presidente do BNDES é de continuidade do aumento de aprovações de projetos para essa área. Ele estima que os desembolsos para o setor devem atingir R$ 19 bilhões este ano. Isso vai depender, segundo ele, do lançamento de novos editais para o setor.

– Sempre que a política energética abre editais para energias renováveis, o BNDES tem tido uma resposta satisfatória – pontua.

Para ele, os investimentos reforçam o desenvolvimento da cadeia produtiva no país.