BNDES lançará linha de R$ 1 bilhão para pesquisa na cadeia da cana

Recurso deve ser destinado exclusivamente à pesquisa e desenvolvimento agrícolasO vice-presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Wagner Bittencourt, anunciou nesta quinta, dia 27, no Ethanol Summit, que a instituição lançará, em parceria com a Agência Brasileira de Inovação (Finep), uma nova linha de fomento para a inovação do setor sucroenergético, com recurso inicial de R$ 1 bilhão e destinado exclusivamente à pesquisa e desenvolvimento agrícolas.

A nova linha foi batizada de “Paiss Agrícola” e deve ser semelhante ao Plano de Inovação dos Setores Sucroenergético e Sucroquímico (Paiss), que destinou recursos para a inovação industrial das duas cadeias produtivas.

Segundo o diretor do Departamento de Biocombustíveis do BNDES, Carlos Eduardo Cavalcanti, o Paiss Indústria teve uma demanda de R$ 3,1 bilhões, e R$ 2,4 bilhões já foram aprovados. Com isso, o executivo avalia que a demanda e a aprovação de crédito do Paiss Agrícola devem superar o montante de R$ 1 bilhão previsto inicialmente.

– As novas rotas de tecnologia de primeira geração chegaram ao limite e as tecnologias de produção precisam mudar de nível no país. Para isso, precisam de incentivo – disse.

Prorenova

O BNDES deve oficializar na próxima semana as normas para o Prorenova, linha de fomento da instituição para a renovação de canaviais, para a safra 2013/2014 da cultura. Segundo Cavalcanti, uma circular com as regras, editada após a aprovação pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que deve se reunir nesta sexta, dia 28, será enviada às instituições bancárias repassadoras próxima semana.

Cavalcanti espera uma demanda total dos R$ 4 bilhões destinados ao Prorenova para a safra 2013/2014 de cana-de-açúcar, ante uma aprovação de R$ 1,5 bilhão no ano passado, o primeiro do programa, para a safra 2012/2013.

– Além de ser uma linha nova, no ano passado tivemos limitações pela lei de propriedade de terras, cujas restrições não existem mais – afirmou o diretor.

Este ano, os juros para a linha são de 5,5% ao ano, ante mais de 7% na linha anterior, o que deve ajudar a ampliar a demanda pelo programa. O diretor do Departamento de Biocombustíveis do BNDES afirmou, ainda, que várias empresas e produtores se adiantaram e já protocolaram as cartas-consulta na instituição em busca dos recursos do Prorenova.

– É bom lembrar que todas as operações aprovadas terão a liberação retroativas ao início do ano – concluiu. 

Agência Estado