Para Ferraz, há uma série de críticas de que o Estado brasileiro faz o processo de exclusão das empresas privadas da produção da economia. Segundo ele, com os financiamentos de longo prazo concedidos pelo BNDES a projetos de maturação de vários anos, ligados à ampliação da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) e da infraestrutura, está aumentando os investimentos acima do avanço do PIB.
O presidente do BNDES, Luciano Coutinho, disse recentemente que o aumento dos investimentos de longo prazo é o melhor mecanismo para o país ampliar seu potencial de crescimento e combater a inflação.
O BNDES estima que o crédito como proporção do Produto Interno Bruto (PIB) deve subir da taxa de 49,5% em 2010 para 70% em 2014, afirmou Ferraz. De acordo com o banco oficial, em 2011 os financiamentos devem atingir 54,2% do PIB, evoluindo para 59,2% do PIB em 2012 e para 64,5% do PIB em 2013.
“Os empréstimos para o setor de habitação no Brasil são muito baixos, pois atingiram o equivalente a 3,3% do PIB no ano passado e devem chegar a 9,6% em 2014”, destacou. Segundo as projeções do banco oficial, a indústria foi responsável por 10% do PIB em matéria de financiamentos em 2010. O BNDES prevê que o setor manufatureiro deve responder por 11,7% do PIB em 2014.