A área de operações e canais digitais do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) divulgou circular na última segunda-feira, 26, informando que foram suspensos os protocolos de de pedidos de financiamento no âmbito do Programa para Construção e Ampliação de Armazéns (PCA), para operações com taxa de juros prefixada de até 7% ao ano.
A justificativa expressa na circular é de que o nível de recursos disponíveis ao programa para o ano agrícola 2021/2022, iniciado em 1º de julho, já estaria comprometido.
Recursos não estão esgotados, segundo Mapa
De acordo com nota enviada pelo Ministério da Agricultura (Mapa), a pedido do Canal Rural, a suspensão por parte do BNDES não significa que os recursos destinados ao financiamento de armazéns estejam perto da exaustão.
Segundo o texto, diferentemente de anos anteriores, em que o BNDES e o Banco do Brasil detinham a exclusividade na equalização de recursos do PCA, no atual Plano Safra o BNDES detém “menos de 25% dos recursos disponibilizados para o programa”.
Os valores destinados ao financiamento do PCA, conforme o Mapa, estão assim divididos: Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), R$ 4,9 milhões; Banco do Brasil: R$ 1,08 bilhão; Banrisul, R$ 24,1 milhões; BNDES: R$ 1,01 bilhão; Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), R$ 5,3 milhões; e Caixa Econômica Federal, R$ 783 milhões.
Além disso, segue a nota, também teriam sido autorizados cerca de mais R$ 1,2 bilhão para contratações nas condições do PCA, com recursos obrigatórios, oriundos das exigibilidades dos depósitos à vista, com os quais todos os bancos que operam com crédito rural podem contratar.
Rio Grande do Sul
A Associação das Empresas Cerealistas do Rio Grande do Sul (Acergs) criticou a decisão do BNDES. Segundo o presidente da entidade, Roges Pagnussat, esses recursos são importantes para a segurança alimentar do estado e do país.