Boa remuneração pelo feijão motiva produtores a retomarem cultura

Preço mínimo da saca de 60 quilos está em R$ 105O aumento no consumo de feijão no Brasil tem animado os produtores, que estão recebendo mais, e contam com incentivos do governo federal para estimular a produção do grão. Depois de duas safras ruins, agora o setor vive um momento de recuperação.

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Claudiomar dos Santos e Maria Terezinha Sptnagel Santos são produtores de tabaco em Santo Antônio da Patrulha, litoral norte do Estado. Até a safra passada, nos seis hectares da propriedade, quatro eram destinados ao fumo e somente um hectare para o feijão. Mas este ano, a situação mudou. Os bons preços do grão fizeram o casal mudar de ideia. 
 
– O preço está bom, estamos felizes com a cultura. Já pensei até em diminuir a área do fumo e plantar mais feijão. A minha expectativa é de continuar o preço. Provavelmente as próximas safras terão preço bom – destaca Santos.
 
No Rio Grande do Sul, a boa remuneração pelo feijão está motivando os produtores a retornarem para a cultura. No ano passado, o quilo do produto era vendido para o consumidor por R$ 2,50. Agora, o preço aumentou e custa R$ 3. Os produtores esperam aproveitar o bom momento e colher, pelo menos, cinco mil quilos.    
 
A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê uma safra de mais de três milhões de toneladas no país. No Rio Grande do Sul, a estimativa é de 90 mil toneladas. Para garantir o preço mínimo ao produtor, de R$ 105 a saca de 60 quilos, o governo federal já anunciou medidas para estimular a produção e deve comprar até trinta toneladas de excedentes e formar estoque. 

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