É de um garden center que saem grande parte das flores que enfeitam as casas dos americanos que moram nos Estados próximos a Minessota. É a maior floricultura da região Norte dos Estados Unidos. Além de atender o mercado interno eles ainda exportam para o Canadá.
O proprietário Lewis Gerten revela que as pessoas no hemisfério norte esperam muito pela primavera. Cerca de 95% das plantas vendidas são produzidas no local. Com tanto trabalho para fazer e pouca mão-de-obra disponível, Lewis se tornou um grande parceiro da Caep, o maior grupo mundial de intercambio no setor agrícola.
Ele revela que é importante conseguir pessoas que podem vir trabalhar por um período curto de tempo e que rapidamente se tornam úteis para a floricultura. E afirma que todos os brasileiros que passaram pelo seu negócio demonstraram ter um verdadeiro interesse pela atividade.
A engenheira florestal Alessandra Fontes trabalha com plantas perenes. É responsável pelo plantio e manutenção e tem aprendido muito.
? Mais interessante é colocar a profissão em prática porque eu nunca tinha trabalhado no Brasil. Eu me formei e vim para os Estados Unidos e já estou trabalhando na área ? conta.
Brasil e Ucrânia são os dois países que mais enviam profissionais para fazerem estágios nos Estados Unidos. Enquanto para os ucranianos essa é uma oportunidade de trabalhar para juntar dinheiro, já para os brasileiros, graças à estabilidade econômica do nosso país, aproveitam a experiência para adquirir conhecimento. Toda essa dedicação já começa a ser reconhecida pelos americanos que estão convidando profissionais para permanecerem no país.
Foi depois de um estágio que a coordenadora estágios em horticultura do CAEP, Leila Maria Silveira, recebeu o convite para continuar morando nos Estados Unidos.
? Eu acredito que os brasileiros, por causa da ética profissional, do bom preparo prático que tem no Brasil, já estejam cargos de supervisores, acima dos trainees ? comenta.
Já trabalham na área de horticultura e floricultura 230 estudantes do mundo inteiro e 90 são brasileiros. Leila chega a viajar 15 mil quilômetros por mês, para visitar todas as propriedades que participam do projeto. O trabalho não é fácil, mas ela está satisfeita com a oportunidade que teve.