- Boi: arroba segue em queda no mercado físico, mas tem recuperação no futuro
- Milho: preços firmes com safrinha em foco
- Soja: cotações caem em Chicago após 10 dias
- Café: arábica segue em disparada
- No exterior: reunião do Banco Central dos EUA é destaque da agenda econômica
- No Brasil: mudanças no Ministério da Economia geram ajuste na bolsa e no dólar
Agenda:
- Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
- Brasil: CAGED de março
- EUA: decisão de política monetária (FED)
Boi: arroba segue em queda no mercado físico, mas tem recuperação no futuro
O indicador do boi gordo do Cepea recuou novamente e passou de R$ 315,60 para R$ 313,40, uma queda de 0,70%. A melhora da oferta em virtude do clima seco e consequente deterioração das pastagens melhorou as escalas de abate dos frigoríficos e permitiu acomodação maior dos preços.
Apesar da queda no mercado físico, os futuros já se recuperaram e registraram novos recordes na maior parte da curva. O contrato para maio teve ajuste subindo de R$ 309,10 para R$ 311,55 e o outubro foi de R$ 331,20 para R$ 334,70 por arroba, maior valor desde que passou a ser negociado.
Milho: preços firmes com safrinha em foco
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, os preços do milho no cenário doméstico seguiram firmes, mas com ritmo lento de comercialização. A safrinha permanece como foco do mercado com apreensão em relação ao clima seco. Em Cascavel (PR), a saca ficou em R$ 104, e em Campinas (SP), em R$ 103.
Na B3, os contratos futuros do milho seguem renovando recordes de maneira expressiva. Na máxima do dia, o vencimento para maio chegou a romper os R$ 109 por saca, porém, ficou em R$ 106,92, ainda assim, o maior desde que passou a ser negociado.
Soja: cotações caem em Chicago após 10 dias
As cotações da soja negociada em Chicago recuaram pela primeira vez após uma sequência de dez dias de avanços. Nesse período, os preços chegaram a alcançar o maior patamar desde outubro de 2012. Porém, em movimento de realização dos lucros, o fechamento foi de baixa, com recuo de 1,29% no vencimento para julho e cotado a US$ 15,194 por bushel.
Com Chicago em queda, mas com muita volatilidade, e dólar em leve alta, o mercado brasileiro de soja ficou travado segundo a Safras & Mercado. Os preços tiveram oscilação regional e o dia terminou praticamente sem negócios realizados. Em Passo Fundo (RS), a saca baixou de R$ 179 para R$ 178, e no porto de Paranaguá (PR), caiu de R$ 184,50 para R$ 183,50.
Café: arábica segue em disparada
O indicador do café arábica do Cepea teve alta superior a 1% pelo terceiro dia consecutivo e teve valorização pelo quinto dia seguido. A cotação variou 1,25% em relação ao dia anterior e passou de R$ 775,45 para R$ 785,11 por saca. Desta forma, renovou mais uma vez o recorde histórico da série de preços do Cepea.
Em Nova York, as cotações do café arábica alcançaram o quarto dia seguido com valorização superior a 1,4%. O contrato com vencimento para julho, o mais líquido no momento, teve alta de 1,78% e passou de US$ 1,4335 para US$ 1,459 por libra-peso. A questão climática na América do Sul dá o tom do mercado e impulsiona as cotações.
No exterior: reunião do Banco Central dos EUA é destaque da agenda econômica
A reunião de política monetária do Banco Central dos Estados Unidos (Fed) que termina hoje é destaque da agenda econômica do exterior. Apesar de não haver nenhuma expectativa de alteração nas taxas de juros, os investidores esperam sinalizações em relação ao programa de compra de ativos do Fed e projeções dos diretores para indicadores econômicos.
Os resultados corporativos de grandes empresas globais de tecnologia seguiram trazendo bons números. A Microsoft e a Alphabet, controladora do Google, apresentaram lucro acima do esperado pelos analistas de mercado no primeiro trimestre deste ano.
No Brasil: mudanças no Ministério da Economia geram ajuste na bolsa e no dólar
Alguns veículos da imprensa brasileira noticiaram que o Ministro da Economia, Paulo Guedes, pretende fazer mudanças na equipe econômica do governo. As notícias prejudicaram o desempenho dos ativos brasileiros, pois o mercado interpretou a movimentação como uma possibilidade de perda de poder de Guedes no embate político com o Congresso.
O índice Ibovespa recuou 1,00% e ficou cotado a 119.388 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial avançou 0,23% a R$ 5,461. O IPCA-15 de abril ficou em 0,60% e ficou abaixo da estimativa média do mercado, que era de 0,69%. Ainda assim, a expectativa é de que o Banco Central aumente a taxa Selic em 0,75 ponto percentual na semana que vem.