Após uma semana de grandes oscilações da cotação internacional do milho, a cultura conseguiu mais uma semana de aumento substancial e começa a se diferenciar do início do ano passado. Em janeiro de 2011 a cotação da commodity estava a US$ 6,00 por bushel. A partir daí, o mercado se manifestou positivamente até o pico da safra, em agosto, e desde então recuou até o final de 2011. Nesse mês de janeiro de 2012, as cotações internacionais já iniciaram com cenário mais positivo do que no mesmo período do ano passado, com média de US$ 6,31 por bushel, valor 5,2% maior que em 2011. Isto foi, em grande parte, influenciado pelas quedas de produtividade nos EUA, após o encerramento das colheitas, e, até o momento, pelas reduções das estimativas nacionais, no Sul, e também na Argentina.
De acordo com os levantamentos de preço do milho feito pelo Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) nas principais regiões de Mato grosso, o preço médio no Estado neste mês apresentou alta de 11,5% em relação ao mês anterior, ficando a R$ 17,48 por saca. Entretanto, mesmo com o preço da saca de milho registrando melhores patamares, a viabilização da comercialização de milho que foi feita através dos leilões da Conab serviu para segurar esse valor durante este mês.
Segundo a estimativa feita em janeiro pelo Imea, ainda faltam ser comercializados 46,7% da produção de milho de Mato Grosso. Com isso, pequenas negociações ainda têm ocorrido em algumas regiões. Em janeiro, o preço médio pago por saco pelos compradores de Canarana foi de R$ 18,30, 21% maior que o valor registrado em dezembro.
No ano de 2011, o Estado de Mato Grosso exportou para o continente americano 118 mil toneladas, participando com 29,7% do total embarcado ao exterior pelo Brasil, que totalizou 398,2 mil toneladas embarcadas. Os países americanos que encabeçaram a lista de maiores importadores foram Cuba, Venezuela, Peru e Bolívia. No ano de 2011, os embarques nacionais do cereal foram 4% menor que em 2010, quando o volume total exportado foi de 414,6 mil toneladas. A participação mato-grossense nos embarques nacionais reduziu 11,3 pontos percentuais entre os períodos analisados. Em 2010 esta participação foi de 41% do volume nacional. Neste segundo período analisado, os destinos do cereal do Estado foram os mesmos, porém com um volume maior. A Venezuela, em 2010, importou um volume três vezes maior que em 2011, constituindo o principal destino do cereal das Américas.