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Segundo relatório semanal da instituição, divulgado nesta quinta, dia 9, em grande parte da principal região produtora, centro e oeste de Buenos Aires e norte de La Pampa, os rendimentos foram superiores ou confirmaram projeções iniciais da safra. A estimativa da bolsa supera a do Ministério de Agricultura, que disse esperar uma safra de nove milhões de toneladas.
A província de Buenos Aires é responsável por quase metade da produção de trigo nacional, e a colheita está praticamente concluída. A bolsa informou que 98% da safra plantada em 3,6 milhões de hectares já foi coletada, um avanço semanal de 13,7 pontos porcentuais.
Soja e milho
Apesar do forte calor e da estiagem que castigou a Argentina nas últimas semanas, a bolsa de Buenos Aires manteve as estimativas para as áreas cultivadas com soja – 20,45 milhões de hectares – e com milho – 3,3 milhões de hectares. No caso da soja, a implantação das lavouras atinge 90,9% da área projetada, com um avanço semanal de 3,7 pontos porcentuais, mesmo índice da temporada anterior.
O relatório observa que nos últimos sete dias foram registraram abundantes precipitações nas regiões do Norte e Noroeste, que repõem a umidade superficial e melhoram as condições. No caso do milho, a implantação atingiu 82,8% da área projetada, com um avanço semanal de 5,7 pontos porcentuais e um atraso de mais de cinco pontos na comparação com o ano anterior.
A falta de umidade na superfície impediu o produtor de realizar uma adequada implantação do cereal, afirmou o relatório, em referência à estiagem verificada em dezembro, em áreas como o Norte e Noroeste do país, Centro-norte de Santa Fé e Centro-Oeste de Entre Ríos. A Argentina é o terceiro maior produtor e exportador de milho e de soja e primeiro em óleo e farelo de soja.
Técnicos da bolsa de cereais de Buenos Aires explicaram que a onda de calor neste início do ano e a estiagem de dezembro afetaram o milho porque chegou em sua fase de desenvolvimento. Mas a soja conseguiu driblar as intempéries climáticas mais severas porque a implantação começou um pouco depois do cereal e a onda de calor pegou a oleaginosa em seu estado vegetativo.