Os cálculos levaram em conta um rendimento médio de 28 quilos por hectare. A bolsa disse ainda que os produtores já cultivaram 95% da área prevista. Os técnicos observaram que, “devido à incerteza sobre a comercialização”, em algumas regiões a superfície é inferior à esperada.
“Em áreas de grande influência, como Tandil e Tres Arroyos (na província de Buenos Aires), com excelentes condições de umidade, a implantação só chega a cobrir 1,11 milhão de hectares, bastante similar à superfície do ano passado (1 milhão de hectares), e em níveis muito abaixo da cobertura média dos anos 2004 a 2008, de 1,4 milhão de hectares”, afirmou a bolsa de Rosario, onde se encontra o maior complexo agroexportador do país. “Nestas regiões, as dificuldades e a incerteza sobre a comercialização aumentaram significativamente a produção da cevada”, completou o relatório.
Os analistas e produtores afirmam que os controles do governo sobre a exportação e os preços do trigo impedem o aumento do cultivo. O governo de Cristina Kirchner restringe as exportações desde 2006 para tentar garantir o abastecimento doméstico com preço estável. Porém, o valor do pão e derivados tem subido ao compasso da inflação anual de 25%, conforme estimativas privadas. Para o governo, a inflação anual é de 9,7%.