– Com o prolongamento da estiagem até a primeira quinzena de fevereiro, destaca-se a diminuição dos rendimentos no noroeste argentino, especialmente nas províncias de Salta, com uma seca que se repete pelo segundo ano consecutivo, e de Buenos Aires e Córdoba – informa a bolsa. Estas duas províncias são as principais produtoras agrícolas do país.
A Argentina é líder mundial de produção e exportação de óleo e farelo de soja. A safra atual apresentou excesso de chuva no início do ciclo, que atrasou a fase de plantio das lavouras. Na sequência, houve uma forte estiagem que prejudicou o desenvolvimento das plantações. A bolsa reconhece que as precipitações verificadas nas duas últimas semanas aliviaram a situação de algumas áreas cultivadas com soja e impediram que a quebra da safra se acentuasse. Os volumes, porém, foram insuficientes e “chegaram tarde para sustentar as expectativas iniciais” da safra, salienta a Bolsa de Rosario.
Milho
As recentes chuvas também ajudaram a evitar que a perda do milho fosse maior do que a esperada, mas não impediu uma quebra da safra do grão. A Bolsa de Rosario baixou a expectativa inicial de 26,5 milhões de toneladas para 25,5 milhões de ton de milho. A Argentina é o terceiro maior exportador do cereal e sofre com as intempéries do clima, a exemplo do que ocorre na safra de soja: atraso do plantio por excesso de umidade e, na sequência, quebra em virtude da estiagem.
Na semana passada, a Bolsa de Cereais de Buenos Aires havia estimado colheita de 50 milhões de ton de soja e 25 milhões de ton de milho. Previamente, havia uma projeção de 53 milhões de ton e 26 milhões de ton, respectivamente. Apesar da perda, o milho argentino deverá bater um novo recorde de produção, já que o maior volume foi registrado no ciclo 2009/2010, com 22,7 milhões de ton, segundo o Ministério de Agricultura.
Bolsa de Rosario revisa para baixo safra de soja e de milho
Estimativa de soja foi reduzida de 53 milhões de toneladas para 48 milhões de toneladasA estimativa sobre o rendimento da safra 2012/2013 de soja da Argentina teve nova redução, para 48 milhões de toneladas, de uma projeção inicial de 53 milhões de toneladas, apontou o relatório da Bolsa de Comércio de Rosario, divulgado nesta segunda, dia 25.
Agência Estado