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Cúpula do Clima: Bolsonaro promete zerar emissões até 2050

Presidente afirma que quer acabar com o desmatamento, mas precisa de recursos para fortalecer as ações de controle na Amazônia, então pediu apoio internacional

Em discurso na Cúpula do Clima nesta quinta-feira, 22, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou o compromisso do governo brasileiro com a agenda ambiental. Segundo ele, o Brasil está na vanguarda da batalha contra as mudanças climáticas, que são causadas especialmente pela queima de combustíveis fósseis nos últimos dois séculos.

“O Brasil participou com menos de 1% das emissões históricas de gases de efeito estufa, mesmo sendo uma das maiores economias do mundo. No presente, respondemos por menos de 3% das emissões globais anuais. Contamos com uma das matrizes energéticas mais limpas, com renovados investimentos em energia solar, eólica, hidráulica e biomassa”, ressaltou.

Bolsonaro acenou para os produtores rurais ao destacar que “no campo, promovemos uma revolução verde, baseada na ciência e na inovação”. “Produzimos mais, utilizando menos recursos, o que faz da nossa agricultura uma das mais sustentáveis do planeta”, diz.

O presidente da República destacou que o país preserva 80% da Amazônia e 12% da água doce do Planeta. “Como resultado, somente nos últimos 15 anos, evitamos a emissão de 7,8 milhões de toneladas de carbono na atmosfera”, afirma.

De acordo com o presidente, o governo está comprometido a reduzir em 37% as emissões de gases causadores do efeito estufa até 2025. Para 2030, a meta é chegar a 40% de redução. Direcionando sua fala ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, Bolsonaro destacou que o Brasil responderá ao chamado de compromissos ambiciosos. “Neste sentido, determinei que a nossa neutralidade climática seja alcançada até 2050, antecipando em 10 anos a sinalização anterior”, afirma.

Para tal, no entanto, o presidente destacou que as limitações orçamentárias precisam ser vencidas para aumentar as ações de controle contra o desmatamento ilegal. Por isso, ele pede apoio de governos, empresas e pessoas de outros países, que queriam ajudar a fortalecer as ações para a proteção do meio ambiente. “A comunidade internacional terá uma oportunidade singular de cooperar com a construção do nosso futuro comum”, diz.

Por fim, Bolsonaro mencionou a importância de avançar com o mercado de créditos de carbono e com o pagamento por serviços com ambientais para reconhecer o trabalho de quem preserva.